Faça uma busca pela frase “geração belga” nas redes sociais. Opiniões ponderadas sobre a verdadeira perícia técnica da equipe que enfrenta a Inglaterra, nessa quinta-feira, às 15h (de Brasília), em Kaliningrado, no confronto que irá definir o primeiro posto do Grupo C da Copa do Mundo, são raras, quase inexistentes.
Entretanto por que será que a Bélgica, um povo sem tanta tradição em vista disso no futebol e quase sem vínculos afetivos (pro bem ou pra mal) com torcedores brasileiros, está despertando emoções e avaliações tão conflitantes pela Rússia-2018? Com um grupo de jogadores de particularidade técnica bem acima da tua média histórica, a seleção belga representa um confronto que a todo o momento vem à tona pela época dos Mundiais.
De um lado, estão aquelas pessoas que acompanham o dia a dia do futebol internacional, que veem os jogos dos Campeonatos Inglês, Francês e Italiano e que sabem de cor a escalação de times como Everton e Olympique de Marselha. Desde a Copa passada, este grupo elegeu a Bélgica como símbolo do seu discernimento.
Falar bem e apostar no sucesso dos “Red Devils” virou cool, um jeito de apresentar aos amiguinhos que você realmente sabe do futebol jogado distanciado dos gramados brasileiros. Mas toda ação tem uma reação. Ao mesmo tempo em que caiu nas graças dos consumidores vorazes do futebol internacional, a “geração belga” virou uma espécie de piada para as pessoas que acompanha insuficiente o futebol europeu e prefere observar os jogos do Campeonato Brasileiro. Estes torcedores acusam a Bélgica de ser uma queridinha da “geração Nutella” e de quem descobre que o futebol jogado dentro de campo pode ser explicado pelo que ocorre nos jogos. Essa turma faz charada lembrar que, por mais badalada que seja, a atual formação belga ainda não conquistou nenhum feito realmente estupendo.
Pela última Copa do Universo, foi eliminada nas quartas de conclusão na Argentina. Na Euro-2016, decepcionou ao despencar ante Nação de Gales. Também, jamais emplacou um dos seus astros como finalista do prêmio de melhor do planeta. Pela Copa-2018, no mínimo até o momento, a Bélgica tem merecido mais elogios que considerações. A seleção passou sem sustos pelos seus dois primeiros compromissos (Panamá e Tunísia), neste instante marcou 8 gols e mostrou um futebol dos mais bonitos da luta. Só que seus críticos neste instante têm uma resposta na ponta da língua para estes elogios. Os adversários que os belgas tiveram por enquanto eram fracos demasiado, e o fundado Mundial da Rússia começa nessa quinta, contra a Inglaterra.
De alguma mandeira, eles não estão errados. É a partir de hoje que a Bélgica vai evidenciar se é realmente uma candidata ao título ou somente uma seleção criada por jogadores conhecidos que caíram pela graça de cota do público. Por que Firmino é o melhor “camisa 10” brasileiro da atualidade? Um dos destaques do Manchester City pela temporada, o goleiro brasileiro Ederson foi contratado em julho do Benfica mais na tua jeito com os pés do que propriamente pela técnica de evitar gols inimigos. É isso mesmo. Passadas vinte e dois rodadas da Premier League, Ederson tem um índice de acerto de passes superior ao do astro belga, um dos pré-candidatos a melhor jogador da temporada europeia e, consequentemente, do mundo.
De acordo com o “WhoScored? ” web site especializado nas estatísticas do futebol, o goleiro do City acertou pela atual temporada 85,2% dos passes que efetuou. Neste instante De Bruyne só conseguiu transmitir para seus companheiros de time 83,3% das bolas que tentou. Além do belga, outros jogadores primordiais da equipe inglesa acertam menos passes que o arqueiro brasileiro.
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